Essa vigésima edição do Psicodália foi especial pra mim. Não apenas por ser comemorativa e ter tido o maior público até hoje (6.500 pessoas) mas também pelo lindo casamento dos amigos Carlão e Bruna às margens da lagoa (fotos) e por poder ver uma banda muito especial na minha história. Uma banda que vi nascer no quintal de casa, em Santos, na década de 70, com o guitarrista, meu primo Fernando Pacheco, meu irmão Fernando Motta e o flautista Domingos Mariotti. Conheci cada músico que já tocou na banda, cada música que já tocaram e casei ao som da versão acústica, em violão e flauta, de duas de suas melhores músicas, Ciclo da Vida e Himalaia. Agora imagina a emoção de ver o Recordando o Vale das Maçãs tocando essas músicas no Psicodália… Foi demais!
Era fácil perceber o público maior, principalmente nos shows do Palco Lunar, que transbordava gente, nas filas, e até nas conversas. A tendência, acredito, seja essa mesmo, com o festival crescendo cada vez mais. Nesse caso vai precisar melhorar a infraestrutura, que, a meu ver, hoje atende bem as necessidades, considerando o local e as condições que oferece.
Como sempre, as atrações principais, esse ano, Erasmo Carlos, Ney Matogrosso, Sá & Guarabyra, e Céu, fizeram o público cantar, dançar e lotar o palco principal com seus shows muito bem estruturados e recheados de grandes músicos. Mas os shows que mais me chamaram atenção por ali foram Dingo Bells, Trombone de Frutas, Iconili, Metá Metá, Liniker e o já citado RVM.
Talvez a característica mais marcante do Psicodália seja a manifestação das mais diferentes formas de arte e a liberdade de se fazer seja lá o que for, contanto que respeitando o próximo. Com isso, não é raro ver caras pintadas, pessoas peladas, corpos enfeitados e um grande sentimento de liberdade consciente. E aquelas projeções nas árvores a noite, hein…
Já pipocam por aí várias matérias bem
detalhadas, com descrições incríveis do Psicodália, pela internet, inclusive em posts meus de anos anteriores. Por isso, nessa ocasião, não vou me aprofundar em detalhes, apenas dar uma pincelada geral e deixar que as fotos aqui e o vídeo a seguir falem por mim (se voce estava lá, boas chances de se achar e os amigos nas fotos e no vídeo). Mesmo sem registrar tudo que gostaríamos, até porque seria impossível, dá pra ter uma boa ideia do que foi o festival.
Pelos motivos citados logo no começo, vou aproveitar e fazer uma edição especial com o Recordando, usando cenas do backstage, imagens exclusivas da passagem de som e a música Himalaia, na íntegra, com cenas filmadas do palco. Quem viver verá.
E viva o Psicodália!